ENSINAR COM AMOR
Há de se considerar que são necessárias
habilidade e sabedoria para envolver e seduzir nossos alunos no processo de
aprendizagem nos tempos atuais, frente à grande oferta de sedutoras informações
apresentadas a todo o momento via redes sociais e outros meios de comunicação.
Fazer uma abordagem de forma a
despertar o interesse pela busca do conhecimento é com toda certeza desafiador.
Tarefa essa que requer dedicação e comprometimento, não apenas daqueles que
transmitem o saber, mas também daqueles que o recebem.
Frente a todas essas questões, a
tarefa de transmitir conhecimento requer não apenas habilidade, sabedoria, e
comprometimento, mas também amor. Não apenas, mas também. É sequestro da
subjetividade cada vez que, no processo educacional, as crianças são submetidas
à pedagogia do medo e o aprendizado torna-se um fardo, deixa de ser um desejo
(PADRE FÁBIO DE MELO, 2009). Vale ressaltar que não apenas as crianças são
submetidas a essa pedagogia do medo, mas também os jovens; assim como os
educadores ou qualquer outro ser humano que participe desse processo.
E por que o medo? Bem, por parte
daqueles que o transmitem, deve-se também e não apenas, por conta do
despreparo, desmotivação, ansiedades e falta de referências, típicas do mundo
contemporâneo. Por parte dos alunos, deve-se provavelmente pela exigência em
acertar sempre; exigência essa tão cobrada por nossa sociedade, roubando-lhes
muitas das vezes sua subjetividade, isto é, seu caráter, suas qualidades, sua
singularidade. O medo limita e aprisiona. Intimida. O medo no processo da
aprendizagem se mostra através da insegurança, da falta de imaginação, de
iniciativa, de autonomia, de criatividade, de envolvimento e dentre outros,
falta de interesse.
É preciso tomar consciência de
que uma mudança na forma em como encarar e como lidar com a educação se faz
urgente e primordial para que de fato uma mudança ocorra. A mudança consiste em
procurar novos caminhos, remodelar, inovar, desmontar, remontar, se entregar,
se comprometer, dar-se trabalho, resignificar e acima de tudo amar. Amar o que
se faz, fazer com amor. Amar o que se aprende, aprender com amor. Precisamos
estreitar o relacionamento com nossos alunos para melhor os conhecer e assim
diagnosticar suas reais necessidades no processo educacional. Sem
superficialidades, mas com qualidade.
Sejamos antes de tudo, seres
humanos. Que não tenhamos medo de ser amorosos, que amemos as pessoas e o
mundo, pois quem ama as pessoas e o mundo briga por uma sociedade onde não há
espaço para a pedagogia do medo, mas sim uma educação inclusiva, a pedagogia do
amor. Uma pedagogia que não se acomoda, que se renova, que envolve, que se
compromete e que olha além do aparente.
“A alegria não chega apenas no
encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender
não pode dar-se por fora da procura, fora da boniteza e da alegria.” (PAULO
FREIRE).
Autora:
Andréa Pinheiro Bonfante.
Pós-graduanda em Psicopedagogia Clínica e Professora de Inglês / Português e Literaturas
– Licenciatura Plena – MEC: 94.04.222
Contatos: (24)2452-8184 /
(24)99316-8982
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